CONHEÇA O CANDIDATO RICARDO ISHAK

Ricardo Ishak, nasceu em Belém do Pará, há 54 anos, de uma família de imigrantes libaneses. Sua família hoje é formada por esposa, três filhos, uma nora e uma neta. A sua carreira universitária
teve inicio em 1978, no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, da Universidade Federal de Goiás, onde prestou Concurso Público para sua entrada no sistema público de ensino superior.

Após três anos, foi transferido para o Departamento de Patologia, do Centro de Ciências Biológicas, da Universidade Federal do Pará. Em 1991, prestou seu segundo Concurso Público, agora para o cargo de
Professor Titular e foi o primeiro docente a ocupar o cargo, após a reforma universitária dos anos 1970 no CCB-UFPA. Atualmente, é o único Professor Titular do ICB e bolsista de produtividade do CNPq (nível 1C).

Em 1975, obteve o grau de Biomédico pela UFPA (ocasião em que participou ativamente do então Diretório Acadêmico de Ciências Biológicas) e em 1978 já possuía o título de Mestre em Saúde Pública (área de concentração em Epidemiologia e Controle de Agentes Infecciosos), pela Universidade de Yale, USA. Em 1982 iniciou e em 1985 terminou o seu PhD em Virologia, pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Inglaterra, para onde retornou mais duas vezes na década seguinte para estudos de pós-doutorado.

Desde o início de suas atividades acadêmicas ainda como estudante, foi estagiário da seção de Entomologia do Museu Paraense Emílio Goeldi e da seção de Virologia do Instituto Evandro Chagas, em ambas como bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq. No CCB, foi Monitor da disciplina de Virologia.

Suas atividades acadêmicas foram voltadas essencialmente para o Laboratório de Virologia, do Departamento de Patologia do CCB ? UFPA, onde mantém linhas de trabalho com financiamento externo constante, desde 1986, mantendo hoje um grupo formado por quatro doutores, um mestre, dois técnicos graduados em Biomedicina e um número médio de 15 discentes de graduação e pós-graduação por ano, freqüentando o Laboratório de Virologia.

Na esfera do ensino de graduação, foi responsável pela criação de cinco disciplinas com conteúdo programático específico para os diferentes cursos de graduação (Biomedicina, Biologia, Medicina, Farmácia, Odontologia, Nutrição, Enfermagem). Foi um dos dois biomédicos que criou o projeto pedagógico básico para o curso de Biomedicina adotado hoje pelo MEC, quando participou da Comissão de Especialistas do MEC para adequação à LDB.

O atual extenso programa de pós-graduação do ICB/UFPA, foi iniciado pelo Mestrado em Zoologia, o qual teve como primeiro coordenador o professor Ricardo Ishak. Na época foi organizado, pela primeira vez no CCB/UFPA, uma parceria multi-institucional com instituições tradicionais da cidade de Belém, como o MPEG, IEC e EMBRAPA, a qual foi crucial para o sucesso desse e dos demais cursos de mestrado e doutorado que vieram a seguir. Posteriormente, organizou e coordenou o programa de pós-graduação (M&D) de Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários, um dos programas de maior demanda nos processos de seleção em decorrência da excelência de sua composição (CAPES, Nível 5).

O professor Ricardo ainda está envolvido como docente no programa de pós-graduação do Núcleo de Medicina Tropical, da Faculdade de Medicina, da Universidade de Brasília, desde o ano de 1978.

A sua produção acadêmica (mais de 50 artigos plenos, participação em livros, dissertações de mestrado e de doutorado) é uma das mais relevantes no campo da virologia, tanto em nível nacional como internacional, o que reflete a constância dos convites para participação de eventos no Brasil e no exterior, assim como o financiamento constante de instituições de fomento em nível local, nacional e internacional.

Foi por oito anos membro do Conselho Editorial da Editora da UFPA. É constante, também, a sua participação em Comitês de revistas científicas nacionais e estrangeiras, assim como na Academia Brasileira de Ciências, no Ministério da Educação, no Ministério da Saúde e no Ministério da Ciência e Tecnologia. A sua participação recente, por quatro anos, como membro assessor na comissão BM (área biomédica que inclui a microbiologia, imunologia e histologia) do CNPq, foi de tamanha relevância que o levou a coordenação do comitê por dois anos, além do convite para tomar assento em mais outro comitê (Comitê Multidisciplinar de Articulação) do mesmo órgão por um ano.

O reconhecimento por seus pares na academia levou-o a assumir a Presidência da Sociedade Brasileira de Virologia, no biênio 1992-1993, tendo sido o único Presidente da referida sociedade científica, até o momento, proveniente da região Norte do país e o primeiro a torná-la informatizada, incorporando métodos novos de gestão.

A experiência administrativa do professor Ricardo, inclui também a implantação do Conselho Regional de Biomedicina, 4a Região, com abrangência de toda a região Norte do país. É Conselheiro Titular do CRBM-4 desde 1991 e exerceu a Presidência do Conselho em dois mandatos.

No âmbito da UFPA, sua experiência na vida universitária é extensa e inclui a participação em comitês departamentais, colegiados de graduação e pós-graduação, Conselho do Centro de Ciências Biológicas (membro titular de 1991 – 2005, sem interrupção) e, de 2002 – 2005, exerceu o cargo de Diretor do atual Instituto de Ciências Biológicas da UFPA.

Como Diretor do ICB, empenhou-se no estabelecimento e fortalecimento de grupos emergentes de pesquisa, fornecendo ambiente de trabalho decente e com infra-estrutura adequada para o bom convívio social. Sete grupos conseguiram em um período de dois anos alcançar um patamar de concorrência que foi de aprovação de projetos locais para a resposta positiva em editais específicos do CNPq e FINEP. Quatro grupos de pesquisa consolidados também foram apoiados em suas necessidades de infra-estrutura.

Em 2002 fez a proposta e obteve a aprovação por parte dos colegiados dos cursos de pós-graduação de um programa inovador e moderno de capacitação de docentes e técnicos do ICB, com ingresso automático e imediato aos cursos de mestrado promovidos pelo ICB.

O abastecimento de água e o esgoto do ICB foi refeito para se adaptar às novas demandas do prédio. A instalação elétrica do prédio está revisada em cerca de 70% do total. Metade dos laboratórios multidisciplinares de ensino de graduação foram reformados e construído mais um novo. A biblioteca setorial foi toda reformada para se adaptar a modernidade necessária dos dias atuais, assim como os oito banheiros públicos do prédio. O prédio central foi completamente pintado, coisa que não se fazia desde a inauguração do mesmo há mais de 30 anos.

De maior relevância foi mostrada a sua capacidade de gestão no momento do maior desastre da UFPA em toda a sua história. Após o incêndio que destruiu cerca de 25% do terceiro andar do prédio central do ICB, a Direção do ICB, realizou uma busca ativa de captação de recursos e preparou projeto específico de auxílio emergencial ao MCT, via FINEP, assim como entre a população em geral e várias lideranças políticas que se manifestaram positivamente e, de fato, direcionando recursos para a finalidade de recuperação do mesmo.